segunda-feira, 18 de março de 2013

Reajuste de remédios

Depois de desonerar a cesta básica e as contas de energia para aliviar a inflação, o governo pode ser obrigado a uma nova intervenção, talvez com o uso de mais benefícios fiscais, livrando outros produtos de impostos para segurar a carestia do ano. O novo foco de preocupação é o segmento de fármacos, que deverá subir os preços dos medicamentos a partir de 30 de março.

 Segundo uma resolução publicada no Diário Oficial de ontem, os laboratórios estão autorizados a aumentar o valor dos remédios em até 6,31% — o equivalente ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado em 12 meses, até fevereiro.

Como o total exato do reajuste não foi definido, decisão que deve ocorrer até o fim do mês, ainda não é possível calcular o impacto que terá sobre o IPCA. A expectativa, entretanto, é de que o reflexo seja maior do que o registrado pelo índice oficial de inflação nos últimos 12 meses.

Impacto
Apesar de os fabricantes alegarem não ter havido aumento no último ano, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que houve alta de 3,73% no período. Com essa nova elevação do preço, as previsões para o IPCA podem crescer nas próximas semanas. O mercado, até o momento, estima que a inflação de 2013 fechará em 5,82%. Com o aumento dos remédios, esse número vai subir. 
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