Na breve conversa, que foi interrompida pela falta de sinal de celular, o rapaz informou que tanto ele quanto os outros integrantes da banda estão "tranquilos com relação ao processo judicial. Cadeia é cadeia. Nós estamos bem, e o regime foi igual para todos, sem nenhuma regalia", disse. Sobre o processo de estupro e formação de quadrilha ele afirmou que não está autorizado a comentar, mas fez questão de frisar que "a justiça é de Deus. Estamos aqui fora e agora vão aparecer todas as verdades".
O jovem, que diz ter namorada em Salvador, falou também da atenção dos parentes, amigos e fãs. "O que mais senti foi saudade do meu povo, do meu público que nos deu apoio durante esses dias", disse. O G1 voltou a contactar o músico, mas segundo seu advogado, Cléber Andrade, ele estava chorando enquanto falava com o pai ao telefone. Os outros jovens seguem para a capital distribuídos em outros dois veículos acompanhados de parentes.
Além dos nove jovens integrantes da banda, um policial é suspeito de conivência no caso. Ele foi liberado na tarde desta quarta, da Coordenadoria de Custódia Provisória (CCP) da corporação, localizada no Batalhão de Choque em Lauro de Freitas, região metropolitana de Salvador. O policial e os integrantes da banda responderão por estupro e formação de quadrilha.
Secretária lamenta
Em documento divulgado nesta quarta (3), a secretária estadual de Políticas para as Mulheres, Lúcia Barbosa, lamentou a possibilidade de soltura dos suspeitos. No documento, ela diz que “o caso merece atenção especial, uma vez que o ato possui características de crime hediondo, com participação de mais de um autor, contra vítimas que não puderam e nem conseguiriam esboçar qualquer reação de defesa”.
Em documento divulgado nesta quarta (3), a secretária estadual de Políticas para as Mulheres, Lúcia Barbosa, lamentou a possibilidade de soltura dos suspeitos. No documento, ela diz que “o caso merece atenção especial, uma vez que o ato possui características de crime hediondo, com participação de mais de um autor, contra vítimas que não puderam e nem conseguiriam esboçar qualquer reação de defesa”.
Ainda no documento, ela falou da importância de os responsáveis serem julgados para que o caso não fique impune.“Acreditamos que a Justiça dará os encaminhamentos necessários para a responsabilização dos acusados. O importante é não deixar este episódio impune. É preciso que o caso sirva de exemplo para a sociedade, evitando a possível sensação de impunidade. Esta é uma oportunidade de reafirmar que as mulheres baianas têm direito a uma vida sem violência”, pontuou.